A primavera aproxima-se e, com ela, a luz e a cor de uma vida renovada.A EMRC continua a cultivar e a semear uma diversidade muito grande de cores e formatos de Esperança. Fica o desafio: partilhar para crescer.Bom trabalho!
7.º ano
8.º ano
HIV/SIDA, o vírus que continua a ser uma pandemia!
"Está a chegar o dia 1 de
dezembro, Dia Mundial da Luta Contra a Sida. Este dia foi escolhido, em 1988, a
nível internacional para alertar as populações para a necessidade de prevenção
e de mudanças comportamentais na vivência da sexualidade. Apesar de parecer ser
um assunto um pouco esquecido e pouco falado nas comunidades e de modo especial
na família, continua a ser uma pandemia que cresce em cada dia pelo mundo.
Hoje, onde apenas se fala
da Covid19, esquece-se que esta doença é possível evitar se as pessoas
alterarem o seu comportamento.
Uma sexualidade que é
vivida fora do contexto do amor, fora do contexto da fidelidade, fora do
contexto da castidade, será sempre uma sexualidade que transgride a finalidade
com que Deus nos criou. O sexo deveria ser um complemento do amor num casal. No
então, desde todas as épocas, a sexualidade é vivida como uma força bruta, e
hoje, uma forma de buscar prazer por prazer, sem ter em conta o outro. Deus deu
as leis de como deveria ser vivida e a natureza corrobora a lei de Deus ao
mostrar que a toca de parceiros sexuais leva ao aparecimento de doenças
venéreas, as chamadas doenças DST. Ao longo dos séculos, as doenças sexualmente
transmissíveis foram uma praga na família, pela má vivência da sexualidade.
Hodiernamente, muitas pessoas, continuam a ter comportamento de risco, mesmo
sabendo que existe o HIV. Cuidam que é uma simples doença crónica. Mas vai para
além disso. Continua a contagiar o outro, continua a minar a saúde de quem está
infetado, continua a ser um gasto enorme nas receitas públicas, quando a
mudança de comportamentos bastava para minimizar essa contínua propagação.
Este vírus ataca o
sistema imunitário e destrói as suas defesas. Com as defesas enfraquecidas o
organismo perde a capacidade de combater infeções e doenças, ficando cada vez
mais debilitado, levando a que apareçam ou se desenvolvam outras doenças
oportunistas que acabam por levar à morte. Atualmente já se estão a fazer
estudos que relacionam muitos índices por morte com Covid com doenças que
apresentam deficiências imunológicas entre as quais se destaca o HIV, por serem
estes doentes bastante vulneráveis (https://www.rtp.pt/noticias/mundo/medico-portugues-envolvido-em-estudo-sobre-hiv-e-covid-19_v1245896).
No relatório da DGS
relativa à “Infeção VIH e SIDA em Portugal – 2019” (https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2019/11/Relat-VIH-SIDA-2019.pdf)
é dito “até 30 de junho de 2019, foram notificados em Portugal 973 novos casos
de infeção por VIH com diagnóstico durante o ano 2018, o que corresponde a uma
taxa de 9,5 casos por 105 habitantes, não ajustada para o atraso da
notificação. […]Durante o ano 2018 foram também diagnosticados 227 novos casos
de SIDA (2,2 casos/105 habitantes) nos quais a pneumonia por Pneumocystis
jiroveccii foi a doença definidora de SIDA mais frequente. Foram ainda
notificados 261 óbitos ocorridos em 2018, 26,8% dos quais ocorreram nos cinco
anos subsequentes ao diagnóstico da infeção. […] Encontram-se notificados em
Portugal 59913 casos de infeção por VIH, com diagnóstico entre 1983 e 2018, dos
quais 22551 atingiram estádio SIDA. A análise das tendências temporais revela
que entre 2008 e 2017 observou-se uma redução de 46% no número de novos casos
de infeção por VIH e de 67% em novos casos de SIDA. Não obstante esta tendência
decrescente mantida, Portugal tem apresentado das mais elevadas taxas de novos
casos de infeção VIH e SIDA da Europa ocidental. As estimativas realizadas para
o ano 2017 revelaram que, em Portugal, viviam 39820 pessoas com infeção por
VIH, 7,8% das quais não estavam diagnosticadas. A proporção de infeções não
diagnosticadas era mais elevada para os casos em homens heterossexuais (13,9%)
e mais baixa em UDI (1,5%). O tempo médio entre a infeção e o diagnóstico era
3,4 anos, no final de 2017”.
Perante este dados, as
comunidades deveriam continuar a refletir sobre a educação sexual que estamos a
transmitir aos mais jovens onde parece que o uso de preservativo resolve tudo. O uso de preservativo
diminui a possibilidade de transmissão, mas só diminui, não resolve a situação.
Não esquecer que
espermatozóide é 450 vezes maior que o vírus. O Dr. Richard Smith fez um estudo
sobre isto: "The condom: is it really safe sex?", publicado pela
Public Education Comitee, Seattle, onde reflete sobre esta realidade.
Não existe “sexo seguro”,
mas pode existir um comportamento seguro. Vivências de amor que respeitem a
dignidade da pessoa, a sua história, a sua saúde, a sua intimidade, o seu
futuro e daqueles que um dia poderão nascer de si!
Cada família, deve
procurar informar-se sobre estas e outras problemáticas e depois falar com os
seus filhos sobre a beleza do amor e da sexualidade apelando para a vida
matrimonial, para a fidelidade, para o respeito pelo corpo do outro e da
vontade do outro.
A felicidade passa por
sermos famílias que educam os seus filhos para a vivência integral do ser
humano enquanto seres dotados de razão, de emoção, de espiritualidade e de
sexualidade."
Autora: Professora Fernanda Moreira
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