quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Menino que não gostava de ler



A história lida ao longo do 1º período da turma E fala de um menino chamado Leopoldo que passeava à beira-mar e tinha 8 anos. No dia do seu aniversário foi à cozinha e viu um presente em cima da mesa, aproximou-se, abrindo a prenda com muito cuidado. Quando viu que eram dois livros, com raiva, deitou-os ao chão e fugiu para o quarto mas a mãe ficou preocupada. Levou-o ao psicólogo e o psicólogo disse:
- O seu filho tem uma doença chamada papirófobia não pode ver televisão, não pode jogar jogos na consola e tem de ler muito.
Quando chegou a casa tinha fechado a televisão com um saco de lixo e uma corrente com três cadeados.
Leopoldo decidiu mudar de casa, fez a mala com um pijama, uma camisola, um calção e dois bolinhos.
O menino entrou no autocarro e fez todo o percurso. Quando parou no fim da linha saiu juntamente aos últimos passageiros.
Ele tinha chegado a uma praça desconhecida e, ao seu lado, viu um armazém e, do outro, um parque. Então, decidiu ir para o armazém subindo nas escadas rolantes. Aí, viu uma prateleira cintilante em cima da prateleira havia sapatos de todos os tipos e de todas as cores. Leopoldo decidiu logo comprar os sapatos mas, ali ao lado, estava uma empregada que lhe perguntou:
- Onde está a tua mãe?
Leopoldo mentindo empregada disse:
- A minha mãe está na outra secção e, antes que empregada fizesse outra pergunta, fugiu do armazém e foi para o parque que tinha muitas crianças. Andou no escorrega. Brincava mas não se divertia. Havia como uma pequena nuvem negra dentro de si e essa nuvem fazia sombra sobre tudo o resto. Se calhar é culpa da fome pensou Leopoldo procurando um lugar livre para si. Percorreu duas vezes o parque e finalmente viu um banco só com um velho cego e de bengala.
Leopoldo sentou-se ao pé dele, tirou um bolinho da mochila e, ao ouvir o barulho do papel, o velho disse:
-És uma criança.
-Sim - respondeu Leopoldo. E por que é que não estás na escola?
Leopoldo sentiu o seu nariz crescer como o do Pinóquio: - Hoje, a professora está doente.
-Sabes, quando encontro alguma criança de manhã, penso sempre que fugiu de casa! O velho disse que tinha pena de não ter acabado de ler o livro chamado “O Vagabundado das Estrelas”. Então, Leopoldo teve uma ideia:
- Vamos a uma livraria!
O velho e o Leopoldo foram então à livraria e encontraram o livro. Leopoldo começou a ler mas só via formigas bêbedas que, sem nenhuma regra ou ordem, saltavam de um lado para o outro da folha.
Nesse momento, passou, ao seu lado, uma empregada da livraria e comentou:
- O seu neto deve ter-se esquecido dos óculos.
- Por que é que não disseste que usavas óculos? – Perguntou o velho ao menino.
- Eu não uso óculos!
O velho dirigiu-se à caixa e pagou o livro. Saíram da livraria e o velho agradeceu ao menino por este lhe ter feito companhia durante tanto tempo.
De regresso, o velho levou o Leopoldo para casa. Quando bateram à porta, o coração de Leopoldo batia fortemente.
A mãe deixou o velho entrar e deu-lhe um café com aguardente. Então, este contou a história da sua vida que tinha sido muito atribulada. Fez uma pausa, olhou para o rapaz e disse à mãe:
- O vosso filho precisa de óculos.
A mãe ouviu e comprou os óculos a Leopoldo.
Daí em diante, o menino começou a demonstrar interesse pela leitura e leu muitos livros. Passou de ano e, como recompensa, recebeu umas sapatilhas para ir correr no parque. Regressou mais tarde para agradecer ao velho a ajuda e o interesse que despertou nele pela leitura.
Hoje são grandes amigos e Leopoldo regressa, sempre que possível, ao parque para ler histórias ao amigo.



Inês 3º ano Turma F

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