Novidades na biblioteca

«Era uma vez uma menina muito gulosa que se chamava Carmela.

Um dia antes do Carnaval, a professora disse na sala de aula:

- Quando acabarem os deveres, convido-vos para virem comer uns bolinhos.

Mas Carmela não queria trabalhar e pediu licença para ir à casa de banho. Como tinha sono, porque se tinha deitado muito tarde, adormeceu.»

O que terá acontecido quando Carmela acordou?

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«Era uma vez um rei e uma rainha que tinham três filhas. O rei costumava fazer uma viagem todos os anos e, quando saía do palácio, perguntava às duas princesas mais velhas que prenda queriam que ele lhes trouxesse, mas esquecia-se sempre de perguntar à mais nova se queria alguma coisa e nunca lhe trazia prenda nenhuma. A rainha ficava muito triste e, um dia, estava ele para partir, queixou-se ao marido, que respondeu:
- Tenho-me esquecido, mas hoje vou perguntar-lhe.
Chamaram a princesa e o rei perguntou-lhe o que queria que ele lhe trouxesse.
-Meu pai, muito me admira que me pergunte uma coisa que nunca me perguntou! Não quero prenda nenhuma.
- Não! Tens de me pedir alguma coisa, por pouco que seja.
- Pois, então, se Vossa Majestade ordena, só quero um ramo de flores sem flores.»

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Esta obra reúne um conjunto de contos e crónicas de Júlia Ribeiro, empenhada em preservar o património cultural imaterial de Torre de Moncorvo. Estas histórias, entre o rústico (na esteira de contistas transmontanos como Trindade Coelho ou Miguel Torga) e um certo imaginário (a superstição, a lenda e a fatalidade presentes em alguns escritores latino-americanos), alimentaram o imaginário de gerações de pessoas, na maioria analfabetas, e constituíram uma forma de socialização extremamente importante. 

Fonte: http://www.fnac.pt/Contos-no-Terreiro-ao-Luar-de-Agosto-Julia-Ribeiro/a787239