quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Uma casinha muito especial

A equipa da biblioteca tem vindo a deleitar os nossos alunos, na biblioteca da EB1 com a história, A Casinha Vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro.



Era uma vez um menino que estava cansado de todos os seus brinquedos e de todos os seus jogos.
O que é que eu vou fazer?”, perguntou ele à mãe.
A mãe, que conhecia muitas coisas bonitas para os meninos fazerem, respondeu-lhe “Vais fazer uma viagem e procurar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro”.
O menino ficou a pensar. Normalmente a mãe tinha boas ideias, mas esta era muito estranha.
E para que lado vou?”, perguntou ele à mãe. “Eu não sei onde encontrar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro”.
Desce a rua, passa pela casa do agricultor e sobe a colina”, respondeu a mãe “e depois despacha-te e volta para casa, porque eu quero saber tudo sobre a tua viagem”.
Então o menino pôs o chapéu na cabeça, vestiu o casaco e começou a sua viagem. Tinha começado a descer a rua quando encontrou uma menina que dançava à luz do sol. As suas bochechas eram cor-de-rosa como as pétalas de uma flor e ela cantava como um passarinho. “Sabes onde posso encontrar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro?”, perguntou o menino.
A menina riu-se, “Pergunta ao meu pai, o agricultor”, respondeu ela “talvez ele saiba”.
Então o menino continuou o seu caminho até que chegou a um grande celeiro castanho, onde o agricultor guardava batatas castanhas, cestos, marmelos amarelos e abóboras cor-de-laranja. O agricultor estava à porta a olhar para os campos verdes e para os campos de trigo amarelos. “Sabe onde posso encontrar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro?”, perguntou o menino ao agricultor. O agricultor também se riu. “Já vivi muitos anos e nunca vi uma casa dessas, mas pergunta à avozinha que vive perto da colina. Ela sabe fazer compotas, bolinhos, pipocas e até sabe tricotar luvas quentinhas. Talvez ela te possa ajudar”.
Então o menino andou mais um pouco até que chegou a casa da avozinha. A avozinha estava sentada no seu lindo jardim. “Por favor, querida avozinha, onde posso encontrar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro?”. A avozinha estava a tricotar umas luvas vermelhas e quando ela ouviu a pergunta do menino riu bem alto. “Gostava de encontrar essa casinha. Estaria quentinha quando viesse o frio e a luz da estrelinha seria mais bonita do que uma vela. Não sei, pergunta ao vento que sopra, talvez ele te possa ajudar”.
Então o menino continuou a sua viagem. Será que a mamã, que sabia quase tudo, se tinha enganado? O vento estava a descer a colina quando o menino começava a subir. Quando se encontraram, o vento deu meia volta e subiu junto com o menino. O vento soprou e deixou cair uma folha na mão do menino. “Mmm… Será que o vento me pode ajudar a encontrar uma casinha vermelha sem portas e sem janelas e com uma estrelinha lá dentro?”
O vento não fala com as nossas palavras, mas correu à frente do menino até chegar a um pomar. Aí subiu a uma árvore e abanou os ramos. Quando o menino lá chegou, no chão estava uma maçã vermelha.
O menino apanhou a maçã. Era tão grande que teve que usar as duas mãos para a segurar. Era vermelha e brilhante, como se o sol a tivesse pintado e o seu pé castanho e direito parecia uma chaminé, e não tinha portas nem janelas. Será que tinha uma estrelinha lá dentro?
O menino gritou ao vento “Obrigado!” e o vento respondeu-lhe com um assobio. O menino deu a maçã à sua mãe. A mãe pegou numa faca (a este altura, comece a cortar a maçã, na horizontal) e cortou a maçã pelo meio.
Oh, que maravilha! Ali, dentro da maçã, estava uma estrelinha de sementes castanhas.
É demasiado bonito para comer sem olhar para a estrela, não é?”,
perguntou o menino à sua mãe. “É verdade”, respondeu a mãe.

Caroline Sherwin Bailey (Tradução livre)


http://www.jornaldosheroisdafruta.com/2015/01/centro-infantil-nossa-senhora-do-carmo.html

No final, realizaram pequenos trabalhos de carimbagem com a maçã.



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