segunda-feira, 11 de abril de 2016

Em memória de D.Lopo Vaz de Sampaio

D. Lopo Vaz de Sampaio D. Lopo Vaz de Sampaio nasceu na vila de Ansiães.

Era filho de Diogo de Sampaio, que governava a velha vila, Vilarinho da Castanheira, Linhares e as suas aldeias.

No castelo de Ansiães passou os primeiros anos da sua vida. Como muitos dos meninos brincou no adro da Igreja de São Salvador, percorreu os caminhos das redondezas, subiu ao alto das árvores à procura dos ninhos, matou a sede nas fontes das redondezas e nas noites dos prolongados e rigorosos invernos aqueceu-se na lareira do seu palácio.

Desde muito cedo aprendeu a montar a cavalo, a manejar a espada e por entre as ameias do castelo sonhou muitas batalhas e feitos grandiosos.

Como todos os filhos da gente importante, foi viver na corte de Lisboa para aprender a arte de guerrear. Primeiro foi pajem e de seguida tomou o caminho de África para lutar contra os “infiéis”, onde foi armado cavaleiro.

Navegou em várias armadas na defesa e conquista de terras do Norte de África e durante onze longos anos combateu com muita bravura em Tânger e Alcácer Seguer, sendo ferido muitas vezes e até foi promovido a capitão. Tão valente cavaleiro, mereceu a atenção do rei D. Manuel que o queria noutras empresas para defender e aumentar o território português.

Na primavera de 1512 partiu de Lisboa para a Índia onde esteve três anos e se cobriu de glória. Em 1524 voltou numa armada de Vasco da Gama, comandando uma das naus. Aí chegado, todos os mares em redor foram testemunhas da sua valentia, na luta contra os mouros, na captura de barcos e na conquista de novos territórios. Mais tarde seria governador da Índia, à altura, o mais alto cargo da administração portuguesa.

  Os territórios do chamado império do oriente eram os mais importantes da expansão portuguesa. Dele chegavam numerosas naus carregadas de especiarias: principalmente pimenta e canela, que davam riqueza e glória ao rei de Portugal. A ação de D. Lopo Vaz de Sampaio foi muito importante na defesa do território e na possibilidade de continuar a navegação e o comércio muito lucrativo.

Luís de Camões escreve nos Lusíadas que “Sampaio/Será no esforço, ilustre e assinalado, / Mostrando-se no mar um fero raio.”

À altura, as dificuldades de comunicação criavam diversos desentendimentos. As nomeações do rei eram feitas por carta que eram transportadas em barcos que demoravam muitos meses a chegar. Assim o rei, à cautela, enviava algumas cartas que só poderiam ser abertas à vez. Numa delas escrevia-se que D. Lopo devia ser governador e ele e os seus amigos assim entenderam, governando para honra e grandeza de sua majestade entre os anos de 1526 a 1529.

Mas a inveja e o maldizer levaram-no à prisão e à desgraça. É recebido como um criminoso, apenas por causa de invejosos que fizeram saber ao novo rei D. João III que ele não era o português que se supunha.

Durante dois anos passou pelas maiores humilhações, sendo até proibido de se encontrar com a mulher e filhos, que não via há sete anos.

Ao fim de dois anos de prisão conseguiu que o monarca o ouvisse e também porque o povo o considerava herói, foi perdoado.

Há quem diga que ele acabaria por regressar à vila de Ansiães, onde acabaria por falecer em 18 de abril de 1538.

Para a história fica a memória de um grande homem de Ansiães que chegou a ser, depois do rei, a figura mais importante de Portugal. Trabalho de investigaçãodo 4.º ano


2 comentários: