A classificação decimal universal (CDU) é um sistema de classificação de documentos, desenvolvido no final do sec. XIX, pelos bibliógrafos Belgas Paul Otlet e Henri la Fontaine. Classificar significa dividir ou reunir elementos em grupos, de acordo com assuntos ou características comuns ou incomuns, analisando diferenças e semelhanças entre si. Como a biblioteca é ou deverá ser um repositório de conhecimento, abordando uma enormidade de temáticas e assuntos, faz todo o sentido que a classificação considere esse facto. Por isso a classificação deve ser abrangente, o que exige que a mesma corresponda à vastidão de temáticas e por outo lado às particularidades e especificidades de determinados assuntos, em áreas especificas do saber e do conhecimento. A CDU teve a sua origem a partir da CDD (Classificação Decimal de Dewey). Dewey era um matemático que teve o “condão” de inovar e melhorar o sistema de classificação, resumindo todo o conhecimento humano em cerca de 1000 classes. Paul Otlet e Henri la Fontaine, reconheceram no sistema de Dewey de classificação enormes potencialidades, ao ponto de “resumirem e organizarem a complexidade de todo o conhecimento humano”, através de números. Quanto mais números e combinações destes utilizarmos, mais especifica e detalhada é a informação. A CDU permite organizar a informação por assuntos e esse especto facilita a localização e posteriormente a recuperação física do documento. As classes numéricas identificam o assunto geral e as subclasses dentro da mesma classe, especificam ainda mais esse assunto. Através de uma análise ao documento é possível identificar assuntos/temáticas e conceitos, que podem ser classificados genericamente, segundo a CDU, através de números (classes). É possível subdividir e especificar ainda mais esses assuntos, através de uma subdivisão de conceitos relacionados (subclasses), e ainda é possível, através de uma análise “mais fina” atribuir auxiliares, por forma a detalhar ainda mais essa informação, o que torna porventura mais exigente e complexo o trabalho dos bibliotecários.
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